... E Narciso quebrou o espelho d água jogando, no fundo lamacento do lago, não apenas sua imagem, mas o respeito na vida a que teriam direito seus familiares, agora reféns da platéia circense de todo globo. Com seu gesto impensado, condenou a todos direta ou indiretamente envolvidos, a procurar em vão uma sombra onde ficar, em meio a um deserto de solidariedade e de compaixão. Não há onde se esconder e não há também água que alivie sua sede e sofrimento, apenas pedras arremessadas e fel na ponta da lança...
Começam a lamber as próprias feridas até os inocentes, por gerações seguidas, com o estigma daquilo que deveria ter ficado entre quatro paredes. Essas pessoas, em busca de ajuda e sem ter a quem recorrer, até parecem repetir incessantemente os versos da poetisa goiana Cora Coralina: “Bati na porta de um coração. /Bati, Bati. Nada escutei. / Casa vazia. Porta fechada, foi o que encontrei.”
É, parece que os amigos andam muito ocupados, fecharam suas vitrinas em que se minguaram o pão e o ungüento. A repercussão tem o tamanho do poder de quem erra e não do ato em si, pois duvidamos se seria grande, caso os envolvidos tivessem sido Chico Bento, Severina e Raimunda. Personagens existem entre nós desde escândalos cometidos em nome da fé, a políticos que se elegem e se reelegem com a pouca memória popular, impedindo terem uma vida melhor e mais justa, crianças e idosos.
É evidente que os protagonistas das cenas que ganharam o mundo saindo daqui, ruborizariam até Federico Fellini, (“La Dolce Vita” – 1960) e Gerard Damiano (“Deep Throat” – 1972), cineastas da sexualidade e do comportamento não convencionais.
Mas há inocentes nas famílias que precisam dormir em paz. Que não façamos mais barulho. Só para encerrar o que já é tão desgastante, fiquemos com as palavras de Steve Jobs, fundador da poderosa empresa APPLE, por ocasião de uma formatura da qual foi patrono: “O tempo de vocês está marcado; não o desperdicem vivendo a vida alheia”!
Pois bem, é provável que o céu já esteja modernizado, e os julgamentos ocorram agora “ON LINE!”!
Crato, CE, 04/02/09.
Dr. João Marni de Figueiredo.
Começam a lamber as próprias feridas até os inocentes, por gerações seguidas, com o estigma daquilo que deveria ter ficado entre quatro paredes. Essas pessoas, em busca de ajuda e sem ter a quem recorrer, até parecem repetir incessantemente os versos da poetisa goiana Cora Coralina: “Bati na porta de um coração. /Bati, Bati. Nada escutei. / Casa vazia. Porta fechada, foi o que encontrei.”
É, parece que os amigos andam muito ocupados, fecharam suas vitrinas em que se minguaram o pão e o ungüento. A repercussão tem o tamanho do poder de quem erra e não do ato em si, pois duvidamos se seria grande, caso os envolvidos tivessem sido Chico Bento, Severina e Raimunda. Personagens existem entre nós desde escândalos cometidos em nome da fé, a políticos que se elegem e se reelegem com a pouca memória popular, impedindo terem uma vida melhor e mais justa, crianças e idosos.
É evidente que os protagonistas das cenas que ganharam o mundo saindo daqui, ruborizariam até Federico Fellini, (“La Dolce Vita” – 1960) e Gerard Damiano (“Deep Throat” – 1972), cineastas da sexualidade e do comportamento não convencionais.
Mas há inocentes nas famílias que precisam dormir em paz. Que não façamos mais barulho. Só para encerrar o que já é tão desgastante, fiquemos com as palavras de Steve Jobs, fundador da poderosa empresa APPLE, por ocasião de uma formatura da qual foi patrono: “O tempo de vocês está marcado; não o desperdicem vivendo a vida alheia”!
Pois bem, é provável que o céu já esteja modernizado, e os julgamentos ocorram agora “ON LINE!”!
Crato, CE, 04/02/09.
Dr. João Marni de Figueiredo.
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