Quase
sempre não acreditamos na natureza boa do homem. A prudência com que o
recebemos, as perguntas que fazemos a nós mesmos sobre o visitante ou sobre todos os que nos são apresentados; a
busca que nossos olhos empreendem sobre algum vestígio de moralidade ou traços
de humanismo no outro, tudo conspira contra o novo, aquele que de alguma
maneira estaria a entrar no nosso universo pessoal. Esse zelo faz parte de
todas as relações humanas – entre os outros animais, basta um cheiro diferente.
Agora, imaginemos como ficam os pisca-alertas dos pais com relação a quem se
aproxima dos filhos . Das filhas, então, as luzes acompanham-se de sons de
carro de bombeiros! No final, eles resolvem tudo , sem olhar sequer para nós...
Mona, você que não é afeita
a ditames que não venham do coração, você que ama porque acredita e entrega-se
tal criança, que sempre buscou a
felicidade de forma incondicional, tem o apoio de Deus e da sua família,
sempre. Querida filha, custa-me crer que aquela menininha resultasse num ser
tão determinado nessa busca. Você é encantadora, indobrável, inquebrantável, e
quase indomável! Amo-a.
E você Alessandro, que
chegou-nos tão devagarinho, tão educado e carinhoso, trazido pelos braços do
seu cunhado Leonardo, nosso caçula, arrebatou-nos. Escondeu-se atrás desses
olhos semicerrados ,quando pensávamos estar
você a dormir! Trouxe-nos seus pais ,Edson
e Cecília, as suas duas irmãs Bruna e
Suzana, agora também filhas nossas. O
amor do Edson por Cecília e dela por êle encheu-nos os olhos e devolveu-nos a
esperança. Quando soubemos da decisão de vocês unirem-se, confesso que chorei
um rio, com a certeza de que parte dessa relação de amor de seus pais existe em
cada gesto seu. Que Deus os abençoe. Felicidade.
Beijos
João Marni, Fátima e
família.
Crato, 20 de Julho de 2013(
dia de muita alegria)