ENZO
Meu bebê, irei fuçá
-lo tanto, farei tantas cócegas e piruetas à espera somente do
seu sorriso...O incentivarei a engatinhar e a por -se de pé. Quando caminhar
por si, melhor ainda se Deus me escolhesse para seguir você sempre, como mais um
anjo, o oitavo. Você não sofreria injúrias de ordem nenhuma, pois eu as
absorveria. Na escola, sussurraria ao seu ouvido que especial atenção desse aos professores e
que convivesse com os colegas na medida e na liberdade com que gostaria você
que lhes dispensassem. No esporte, que reconhecesse o talento dos demais sem
inveja, mas vendo-os como modelos. Na juventude e adultície, faria com que não se apegasse a coisas do homem,
mas às coisas de Deus. Finalmente, depenado, pois tarefas assim não são fáceis,
tomaria um banho de satisfação, pois teria cuidado de um Homem. Pois é, os
filhos são como “petiscos” de Deus para os pais e, na vida, às vezes, nem tão
gostosos! Já os netos... ah, os netos são os presentes! É quando de fato começa
a festa e a orquestra já afinou os instrumentos, deixando os avós com aquela
sensação boa na dança, a pedir bis várias vezes para que nunca acabe. Querem
saber, valeu e tem valido a pena. Nos grandes encontros, pode-se ouvir a
gargalhada d’ELE. Éramos só você e eu, Fátima, pouco depois já somos tantos!
Queridos netos Breno, Maria Alice e Enzo, com vocês estou desaprendendo a ser
grande. Estou bem melhor e mais feliz hoje. Obrigado. Vô e vó.
João Marni de Figueiredo
Crato, 09.08.2012